Leia gratuitamente o meu novo livro www.livrodepapiro.blogspot.com

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Educação - O Caminho para a Liberdade

Atualmente, quando se fala em educação, logo vem em nossa memória a violência que os professores no Rio de Janeiro estão sofrendo. Mas, não se trata somente da violência física que presenciamos através das cenas na TV. Trata-se, também, da violência moral que os mesmos vem sofrendo já há décadas. O desrespeito com a classe dos docentes, começa pela sua remuneração. Chega a ser indigno o salário pago não somente pelos nossos governos, mas tanto pelos colégios e faculdades particulares.

Devido a depreciação moral que os mesmos estão sendo submetidos, a profissão está cada vez mais, sendo relegada a terceiro plano, ou seja, nas faculdades quase não se vê mais jovens interessados em seguir a profissão. Outra situação incômoda são as escolas públicas abandonadas literalmente por nossos governantes. Já visitei algumas escolas onde havia um descaso dramático com professores e alunos. Cozinhas mal aparelhadas, banheiros sem portas, vasos sanitários em péssimas condições, goteiras nos tetos, diretoras e diretores reclamando da verba que recebiam para manter a manutenção dos colégios e que mal davam para cuidar do mínimo necessário e manter a dignidade das crianças e jovens. Nossos professores e professoras são verdadeiros heróis. Como se não bastasse, muitos não conseguem, ao ficarem doentes, substitutos para garantirem uma licença médica decente. São obrigados a trabalhar como estão: braços enfaixados, problemas de coluna, na voz, etc... . Outros amargam a espera nas filas dos consultórios psiquiátricos sendo obrigados a se manterem sob medicação controlada por longos meses e até anos. Mas, o que está acontecendo com a nossa educação e o tratamento concedido aos nossos docentes? Porquê, quando fazem obras para revitalizar visualmente a cidade se exige um "Padrão FIFA" e, para se manter uma escola se utiliza um "Padrão Fila", ou seja, "aguardem, quando sobrar dinheiro nós investiremos na educação". Porquê, não investir mais nas escolas públicas? Será que os filhos da baixa renda não merecem uma oportunidade de possuírem dignidade também? No Brasil desde o início da República a educação vem se arrastando.

Foram diversas as tentativas de se manter a ignorância junto a população mais pobre e menos favorecida economicamente. No período da ditadura militar nós entendemos o porque, mas agora? Porquê? Porquê a desigualdade? Estamos ou não em uma democracia. Ah! Me esqueci, ainda não estamos, o voto é obrigatório!

Bem...está na hora de acordarmos e pensarmos mais no futuro das nossas crianças. Está na hora de exigirmos que os impostos tão altos que pagamos, retornem em "Padrão FIFA" para as nossas escolas. Quando as eleições chegarem, reflitamos sobre as propostas dos futuros administradores públicos. Quanto investirão em educação? Como vão investir? Quais são as propostas para uma nova educação? Percebemos que primeiro deve-se modificar as condições de remuneração dos nossos docentes e as condições de trabalho. Depois, estruturar melhor a nova escola, utilizar modelos que funcionem em outros países ou aqui mesmo no Brasil. Vamos procurar melhorar as nossas condições de ensino também! A qualidade escolar deve vir desde a primeira infância fortalecida com um bom alicerce educacional. Se a base não for fortificada, o que será o futuro dos nossos filhos? Provavelmente as diferenças sociais aumentarão.

No século XVIII, viveu um educador na Suíça que legou àquele país uma educação "Padrão FIFA". O nome dele era Johann Heinrich Pestalozzi. Graças a qualidade na educação que imprimiu, a Suíça hoje é um país de referência. Procuremos conhecer melhor os seus métodos educativos e implementá-los, a fim de conseguirmos um futuro melhor para os nossos amores e para a nossa sociedade. Um país que investe maciçamente em educação, está investindo indiretamente em: saúde, tecnologia, transporte, etc... . Pois, quanto melhor a qualificação dos nossos filhos, netos e bisnetos, melhor será o desejo deles investirem em qualidade de vida. O caminho para a liberdade está diretamente relacionada à educação. Nenhum país é verdadeiramente livre se for escravo da ignorância e não investir em uma educação de qualidade.